sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A tentação da falta de compromisso

Pilatos: a tentação da falta de compromisso

A mulher já o havia advertido de que não fizesse nada contra Jesus, pois havia sido atormentada por um sonho que lhe dizia respeito (cf. Mateus 27,19b), porém, Pilatos estava pressionado por dois lados: de um lado estavam os fariseus e príncipes dos sacerdotes, que queriam que Pilatos, detentor do poder de mandar Jesus à morte, o condenassem; de outro, estava a sua mulher, que não queria a morte de Jesus. Pilatos ainda se sentia constrangido com as palavras de Cristo, que lhe havia dito que realmente era Rei, mas que o Reino d'Ele não era deste mundo. E mais ainda: Jesus lhe havia dito que fora Seu Pai quem havia dado o cargo que ele [Pilatos] exercia.

O Senhor também revelou a Pilatos que Sua missão era dar testemunho da verdade. E este lhe pergunta: “O que é a verdade?” - tendo feito esta pergunta virou as costas a Jesus (cf. João 18,35-38). Ele não queria, na verdade, saber o que era a verdade nem se comprometer com verdade alguma; pois preferia prender-se à “sua verdade”, à sua conveniência. Pilatos queria soltar Jesus (cf. Lucas 23,20-21), mas se sentia pressionado, pois se assim o fizesse ele estaria se comprometendo com o Mestre de Nazaré e, por conseguinte, perderia sua posição no poder.

A posição de Pilatos era de “ficar em cima do muro”; não queria compromisso com Jesus, pois isso lhe traria muitos transtornos e sua vida mudaria da situação confortável em que se encontrava. Então, querendo satisfazer o povo e não a Deus (cf. Marcos 15,15), lavou as mãos e mandou que Jesus Nazareno fosse crucificado.

A falta de compromisso é uma tentação muito forte para o servo de Deus na Catequese, pois é muito cômodo ter a Catequese apenas como bico, como passatempo de fim de semana. É muito cômodo dizer: “Eu não tenho nada com isso, pois já fiz o meu trabalho!”

Catequese é, acima de tudo, compromisso com Deus, exige consagração e busca da verdade todos os dias da vida. O catequista não pode ficar “em cima do muro”, mas deve se comprometer, dedicar sua vida a esse ministério. É uma tentação muito grande, a mesma em que caiu Pilatos, a de achar que a vida piorará se nos comprometemos com o Senhor. Jesus nos amou tanto que deu a vida por nós. Como Ele não irá nos dar a felicidade de que precisamos? Não adianta ser servo de Deus na catequese e nos deixarmos levar por uma vida sem oração e sem vínculos com a Igreja, sem compromissos com o Reino do Senhor.


Trecho extraído do Livro: "Formação Espiritual de Evangelizadores na Música" de "Roberto A. Tannus e Neusa A. de O.Tannus"
Da série de formação "Tentação do Músico" adaptado para a temática da catequese.

Postado por Anizio

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